sábado, 22 de agosto de 2009

Debaixo do pano.

"Marlene, cê viu o sequestro do garoto Cleydson no jornal ontem?"
"Amiga! B-a-f-o-m! Viu o menino de 3 anos que salvou um hamster de um incêncio?"
"Arlete querida, liga a TV no jornal... Ligou? Agora olha só, tão falando que mataram aquele cara lá, dançarino do programa do João Feliz"

Tirei minhas próprias conclusões sobre essa palavrinha chata chamada violência: nunca vai acabar. Uau, não sendo pessimista, mas convenhamos... Se nem Jesus, adorado pelos cristãos, conseguiu botar ordem nesse mundinho, por que um garoto de 3 anos que salvou um hamster de um incêndio vai botar? E as passeatas contra a violência? Protesto? Não há somente um culpado em relação à isso, mas sim, uma sociedade inteira. Até mesmo alguns protestos podem ser considerados violência.

"Jornalistas não precisarão de diploma...", ah, que beleza, geral ficou inconformado, mas precisava fazer tanta violência sobre isso? Eu quero ser jornalista. Adiantará alguma coisa se eu sair pelada pela rua revoltada? No mínimo serei presa por atentado ao pudor, dica.
"Maria Luizinha foi morta por dois marginais na cidade de São Paulo...", trágico. Terrível, na verdade. O país inteiro fica inconformado, daí o Reginaldo da padaria vai lá e organiza um protesto pela rua, envolve polícia, mais gente morre, se machuca. De que adianta?

Sério mesmo, não fico mais inconformada com essas notícias. Acordem! Esse é o mundo de hoje. Esse é o mundo que todos nós fizemos e fazemos, até mesmo ao jogar um papelzinho de bala no chão. "Quem nunca pecou que atire a primeira pedra"... Não tenho religião, mas quem pode dizer que essa frase não é verdadeira? Não adianta nos unirmos em grupos de cem pessoas e botar pra quebrar, pessoal! Alô você!

Pra tudo tem um motivo. Sim, dá muita raiva mesmo quando o tão esperado celular chega em nossas mãos e vem um qualquer precisando de dinheiro pra pagar a droga, ou seja lá o que for fazer, rouba e pá! Foi-se o celular. O cara tinha motivos para fazer isso, certo? Inúteis ou não, ridículos ou não, inconformáveis ou não, são motivos. Não os defendo, não defendo ninguém, todos somos culpados, fim.

Violência é uma bosta mesmo. A gente sai de casa e não sabe se vai voltar. Com o tempo não poderemos nem usar roupas, pois até elas serão roubadas. Daqui a pouco vai ser terrível dar "tchau" pra alguém depois do trabalho, pois poderemos nunca mais o ver. Quanto mais o tempo passa, mais triste o mundo fica e, como não adianta nada protestarmos, vamos cuidar de nós mesmos. Se todos - todos mesmo, o mundo inteiro - tivessem consciência disso e cuidassem de si mesmos, nada disso estaria acontecendo.

Basta escolher: cuide de si mesmo ou sente a bunda quadrada no sofá pra assistir o jornal e ser mais um no bairro a "se inconformar" com as tragédias.

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